PELAS FRESTAS


Nas manhãs furtivas
Nesgas de sol chegado
Mínimas fatias de luz
Cortando meu ainda enluarado rosto
Ainda querendo o sutil azul noturno
Me escondendo 
Me calando
Dando palpites na minha alma que chora
Que cala
Quase querendo   ir embora
Mas o agora me tomando
Me cedendo
Me violentando dentro da mínima brisa que brota
Que inunda meu coração dilacerado
Ávido do sol que não vinga
Da manhã que está indo embora

CM